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Não é bem "política", é mais "sociedade", mas...
http://blog.dehumanizer.com/2005/11/15/o...-dinheiro/
Agradeço comentários - seja lá ou aqui.
"Being based on history, the stages of the game will also be based on battles which actually took place in ancient Japan. So here's this giant enemy crab..."
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Concordo com algumas coisas que escreveste, mas não sei se isso explicará o facto de sermos um país pobre. E quanto à parte de ninguém achar que pode ganhar dinheiro a fazer uma coisa de que gosta, acho que até é algo natural. A partir do momento em que uma coisa se torna uma obrigação deixa de ser aliciante. É como quando eu massacro o João no PES4... faço-o por gosto e para sentir o desespero na cara dele, mas sei que se me começassem a pagar para jogar àquilo chegaria em breve uma altura em que não me apeteceria jogar, ou seja, se não fosse o pagamento iria fazer outra coisa, mas que por ser trabalho teria de o fazer. E é assim com todos os trabalhos, mesmo com os blogues. Muita gente escreve coisas que lhe apetece por gosto, mas a partir do momento em que isso passe a ser uma profissão começam a aparecer dias em que a pessoa não tem nada para escrever mas tem que inventar alguma coisa contrariada porque "tem de ser".
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Não será tanto uma utopia, mais uma quimera.
O rufferto foi bastante sucinto e directo no que disse, é um ciclo simples que eu demonstrarei a seguir:
1 - Do Stuff
2 - Stuff is discovered to be profitable
3 - Stuff is now relevant source of income
4 - Stuff must be done to keep money coming in
5 - Frustration ensues
6 - is afraid of 7
7 - 8 9
8 - doesn't know what happened
9 - is "literally" in the sh!t
"I have no answers for you, vermin. Only scorn!"
- The Vyro-Ingo, "Star Control 3"
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Estamo-nos a afastar um pouco do tema principal, que era a vergonha de ganhar dinheiro, e a crença de que quem o faz, é por corrupção ou exploração de outros. Eu noto muito isso à volta.
E, sim, é possível que uma paixão nossa deixe de o ser quando passa a ser necessária, regularmente, como fonte de rendimento. Na adolescência, por exemplo, adorava resolver problemas relacionados com computadores; agora que faço isso (entre outras coisas) profissionalmente, já só o faço para amigos e família, e mesmo nesses casos tento sempre que as pessoas aprendam, em vez de "dependerem" de mim para sempre.
Mesmo assim, acredito que seja possível ganhar dinheiro e continuar a gostar do que se faz.
Ainda em relação a outra coisa que lá mencionei, sobre as pessoas acharem que o dinheiro "tira a pureza das coisas" - numa mailing list de blogs portugueses sobre tecnologia, falou-se recentemente (ontem, para ser exacto) da questão da publicidade em blogs, e houve vários (4, pelo menos) a dar a entender, basicamente, que achavam que fazer dinheiro dessa forma era "imoral". Parecia quase a história do aborto - não se limitavam a não pôr banners nos seus blogs, mas achavam mesmo que quem o fizesse estava a "corromper a pureza".
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Dehumanizer Wrote:Estamo-nos a afastar um pouco do tema principal, que era a vergonha de ganhar dinheiro, e a crença de que quem o faz, é por corrupção ou exploração de outros. Eu noto muito isso à volta.
Eu não tenho vergonha nenhuma em ganhar dinheiro, mas também não é menos verdade que não tenho grandes motivos para me envergonhar. Isso da corrupção aplica-se mais a construtores civis e presidentes de câmara, já para não falar do pessoal que acumula cargos atrás de cargos. Ainda há pouco tempo o Valentim Loureiro era salvo erro deputado pelo PSD, presidente da Câmara de Gondomar, presidente da Liga de Futebol Profissional, presidente ou parecido do Metro do Porto, cônsul da Guiné e sei lá mais o quê. E para não ir assim tão longe, o palerma do Fernando Seara além de ser presidente da Câmara de Sintra ainda arranja tempo para ser comentador desportivo na TV e escrever crónicas sobre futebol todas as semanas. Estas acumulações de cargos a mim causam-me alguma estranheza.
Dehumanizer Wrote:Mesmo assim, acredito que seja possível ganhar dinheiro e continuar a gostar do que se faz.
Não sei... se até os jogadores que ganham milhões se queixam de que são muitos jogos, tenho que concluir que qualquer actividade que seja, a partir do momento em que deixa de ser feita por prazer e passa a ser feita por obrigação, se transforma em "trabalho".
Dehumanizer Wrote:Ainda em relação a outra coisa que lá mencionei, sobre as pessoas acharem que o dinheiro "tira a pureza das coisas" - numa mailing list de blogs portugueses sobre tecnologia, falou-se recentemente (ontem, para ser exacto) da questão da publicidade em blogs, e houve vários (4, pelo menos) a dar a entender, basicamente, que achavam que fazer dinheiro dessa forma era "imoral". Parecia quase a história do aborto - não se limitavam a não pôr banners nos seus blogs, mas achavam mesmo que quem o fizesse estava a "corromper a pureza".
Isso são palermas que acham que sabem melhor que as outras pessoas o que estas devem ou não devem fazer com as suas vidas.
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rufferto Wrote:Isso são palermas que acham que sabem melhor que as outras pessoas o que estas devem ou não devem fazer com as suas vidas.
Isso lembra-me de uma conversa que ouvi hoje no comboio, acerca de um miúdo que ia ao lado delas(eram duas ou três [embora só a "madame" e a "mãe" é que falassem], acho que o rapazito era filho da que não disse a tal aberração):
Mulher indigna desse nome: "Ele tem de ir para a catequese"
Mãe do rapaz: "Sim?"
M.I.D.N: "Sim, para ficar nas graças do Senhor. E também tem de se inscrever nos escuteiros"
Isto com o moço ao lado da mãe, sem dizer nada. Só o ouvi perguntar quantas paragens faltavam... poor kid :?
Algo deste género... Kyle's mom anyone? :?
É de ressair o tempo e o modo verbais: Imperativo, ou quase...
Uma ligeira divagação...
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