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Continuando a minha demanda por filmes de qualidade que nos fazem pensar, comecei ontem a rever os Sextas-feiras 13. Vou tentar deixar aqui algumas palavras sobre cada filme à medida que os for vendo. Acho que não preciso de avisar que vai haver spoilers, já que os filmes são tão antigos que quem ainda não os viu é porque não está interessado neles. Por outro lado, se não querem saber dos Sextas-feiras 13 para nada, por que raio estão a ler uma thread sobre os filmes?
Friday the 13th
Ano: 1980
Bodycount de vítimas: 9
Tal como quem viu o primeiro Scream ficou a saber graças à cena inicial com a Drew Barrymore, no primeiro filme o assassino não é o Jason Vorhees mas sim a mãe dele.
Resumidamente, havia um acampamento de miúdos (o "Crystal Lake Camp"), onde em 1957 um puto chamado Jason Vorhees se afogou. A mãe, que era cozinheira no acampamento, culpou os monitores, que em vez de estarem a tomar conta do Jason estavam nas poucas-vergonhas. Assim no ano seguinte ela matou o casal de monitores (ou outro parecido) e o acampamento fechou. Durante os 22 anos seguintes não aconteceu rigorosamente nada, até que em 1980 um moço se lembra de reabrir o acampamento e contratar alguns jovens imberbes para ajudar nos preparativos finais antes da chegada dos putos. A mãe do Jason não concorda com essa reabertura e decide que a coisa esperta a fazer é passar geral.
Na altura este era mais um filme de orçamento reduzido e não se pensava que viesse a ter sequelas, mas como rendeu muitos kopins naturalmente que isso mudou, e nas sequelas é que o Jason é efetivamente o slasher de serviço. Claro está que não faz sentido nenhum que ele estivesse vivo e que durante todos os anos que passaram desde o seu suposto afogamento nunca tivesse tentado contactar a mãe nem esta tivesse tropeçado nele enquanto procurava pessoal para matar. Além disso estamos a falar de um lago pacato, sem ondas nem crocodilos, onde seria facílimo resgatar um corpo, pelo que não se encontrando o cadáver era porque o puto teria de estar vivo algures. Enfim, tal como disse a ideia original era o Jason estar mesmo morto e enterrado.
O filme em si vê-se bem, em parte graças à banda sonora inspirada no Psycho. Destaca-se também a participação de um Kevin Bacon muito novinho e que morre de uma forma não muito agradável. Por falar em mortes, dois dos personagens morrem off screen, o que é sempre um bocado estranho num filme deste género. É quase como num filme porno haver cenas de sexo off screen em que os personagens entram no quarto e aparecem depois já a fumar um cigarro. What's the bloody point?
Para lá da banda sonora, uma das coisas que mais gostei no filme é o mistério sobre quem é o assassino. Algumas das vítimas mostram conhecer a pessoa e não ter medo até ser tarde demais, mas só ficamos a saber a sua identidade mesmo no fim.
O pior para mim foi mesmo que a única das personagens principais que sobrevive é justamente a que merecia morrer por ser tão estúpida. Os homens são mortos sem sequer chegar a saber que estão em perigo e as raparigas também não têm muitas hipóteses, do género virarem-se e terem um machado na direção da cabeça. Já a personagem principal consegue o prodígio de nocautear a mãe do Jason 3 (três!) vezes e fugir em círculos a seguir, em vez de a matar ou imobilizar. Acrescente-se que estamos a falar de uma jovem de 20 anos contra uma senhora de 54, pelo que não deveria ser muito difícil deixá-la para trás a correr, isto evidentemente correndo na mesma direção. É claro que isto é um filme, mas custa torcer por uma personagem tão completamente inútil. O que vale é que ela em breve terá o que merece.
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(24-05-2012, 13:29)Susana Wrote: Não vou comentar.
O teu nao comenta'rio nao deixa de ser um comenta'rio.
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Friday the 13th Part 2
Ano: 1981
Bodycount de vítimas: 9 confirmadas e 1 possível
Este é então o primeiro dos Sextas-feiras 13 a ter o Jason Vorhees como assassino, embora ainda sem a famosa máscara de hóquei no gelo. Neste usa um saco de pano na cabeça com um buraco para ver. A sério. O filme começa com o Jason a ir a casa da Alice, a única sobrevivente do primeiro filme, para ajustar contas com ela. A Alice ainda protesta "Isto não faz sentido nenhum! Se me querias matar, por que é que não o fizeste quando eu passei a noite a dormir sozinha no acampamento depois de ter decapitado a tua mãe? A polícia só chegou na manhã seguinte. E como é que soubeste onde eu moro e encontraste a minha casa? Não é suposto nem sequer saberes ler?" mas o Jason mata-a mesmo, quiçá para tentar ocultar todos estes plot holes.
Depois do primeiro filme o "Crystal Lake Camp" adquiriu alguma má fama entre os locais, que o consideram amaldiçoado e altamente perigoso, mas pelos vistos o acampamento mesmo ao lado é perfeitamente seguro, já que é ocupado por mais um grupo de jovens imberbes que o querem preparar para receber miúdos no verão. Vendo o grupo é fácil perceber quem sobrevive (a Ginny) e quem é a moça que irá tomar banho nua no lago, pelo que passado alguns minutos, quando a meio de um passeio noturno a rapariga resolve despir-se e dar um mergulho, eu pude dizer "Ah! I knew it!".
Como é apanágio nestes filmes o Jason vai matando o pessoal todo de surpresa, tanto assim que fora o casal principal ninguém sobrevive mais de 10 segundos depois de perceber que algo de errado se está a passar. No final, depois de ferir o Jason com uma motossera e de o pôr KO com uma cadeirada, a heroína foge do acampamento a correr à toa e vai parar justamente à casa do Jason (what were the odds?), onde encontra uma espécie de altar dedicado à cabeça da mãe dele. Com o Jason em vias de arrombar a porta, e depois de minutos antes não ter sido capaz de pegar de novo na motossera e matá-lo, a moça de alguma forma tem presença de espírito para vestir o pullover da mãe, ajeitar o cabelo para ficar parecida e falar ao Jason como se fosse a mãe dele. Com isto ela consegue ganhar tempo até o namorado voltar, e nessa altura já tem inteligência suficiente para o ajudar dando uma boa machetada de cima para baixo no Jason, que o corta do ombro até quase ao coração. "That ought to do it", pensam eles, e voltam para o acampamento, sem sequer pensarem em trazer com eles o cadáver da banhista que o Jason tinha posto junto ao altar à mãe, muito menos verificar se o Jason estava efetivamente morto.
O final é um pouco confuso. Estão eles já de volta ao acampamento quando o Jason arrebenta uma janela em câmara lenta e agarra a moça. Aí a ação avança para a manhã seguinte, com a rapariga a ser posta numa ambulância enquanto pergunta pelo namorado. Será que esta parte foi um sonho, tal como o que a Alice teve após matar a Mrs Vorhees, e que o namorado sobreviveu? Será que foi real, que o Jason matou o namorado da Ginny e que de alguma forma ela conseguiu escapar? No início do terceiro filme vê-se uma reportagem em que dizem que a Ginny sobreviveu a "multiple stab wounds", sendo que durante este filme o Jason basicamente não lhe chega a tocar. Será então que foi ferida depois de o Jason entrar pela janela? Mas nesse caso, como é que ela não foi morta? Deu-lhe só umas facadazitas e foi-se embora? O mínimo que se pode dizer é que estamos perante um filme consistente, já que tanto o princípio como o fim não têm a mínima lógica.
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Friday the 13th Part III
Ano: 1982
Bodycount de vítimas: 12
A tagline sobre a nova dimensão é porque teoricamente este filme é em 3D, tal como o Jaws 3, que saiu no ano seguinte. Destaco também que o segundo filme era a Parte 2 enquanto este é a Parte III. Muito mais épico!
A história começa no dia em que a Ginny é levada para o hospital, com a indicação de "multiple stab wounds". O Jason, que de um dia para o outro cresceu 10 centímetros e ficou mais encorpado, arranja farpelas novas e volta para os arredores do lago para continuar as suas matanças sossegado. Felizmente não tem de esperar muito para encontrar novas vítimas, já que mais um grupo de jovens imberbes decide passar um fim-de-semana relaxante mesmo ao pé dele. Quanto à machetada que tinha levado na noite anterior e que mataria qualquer um, suponho que tenha walked it off.
O filme é marcante já que é aqui que o Jason passa a usar a máscara de hóquei no gelo, que tira a um dos moços. A juntar a este look definitivo temos também que o Jason fica retard strong. Enquanto que no filme anterior parecia não ser muito mais forte que o namorado da Ginny, neste consegue esmagar a cabeça de um moço com as mãos, fazendo-lhe saltar um olho (suponho que para aproveitar o 3D).
Fora isso, o filme resume-se muito rapidamente. A heroína é a Chris, que dois anos atrás foi surpreendida perto do "Crystal Lake Camp" pelo Jason, na altura sem o saco, que a agarrou e a fez desmaiar de medo. Ela acordou na própria cama e os pais tentaram convencê-la que foi tudo um sonho, mas ela garante que foi real e quer voltar ao local do crime para superar o seu medo de homens grandes e disformes que gostam de agarrar jovens indefesas no mato. Good luck with that. Ela depois reconhece o Jason quando este tira momentamente a máscara, o que sugere que a experiência dela aconteceu mesmo, mas nesse caso não se percebe como ela sobreviveu e como foi acordar na sua cama.
Na batalha final a Chris dá uma boa machadada na cabeça do Jason, que ainda dá uns passos na direção dela antes de tombar inerte. "That ought to do it" de novo e, tal como no primeiro filme, a rapariga decide enfiar-se numa canoa e ir dormir para o lago. Eram os 80's, e nessa altura era assim que o pessoal se recompunha depois de uma noite em que namorado e amigos são brutalmente assassinados. Ainda há tempo para mais um sonho, em que a Chris vê o Jason dentro de casa a olhar para ela antes de ser agarrada pelo cadáver da mãe (com cabeça) que salta da água, e o filme termina com a moça a ser levada pela polícia enquanto o Jason continua no mesmo sítio ainda com o machado espetado na testa. Parece-me claramente morto, só espero que isto não seja daquelas coisas em que o Jason acorda na morgue, mata o médico e a enfermeira e foge.
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Friday the 13th: The Final Chapter
Ano: 1984
Bodycount de vítimas: 13
O filme começa quando o Jason acorda na morgue, mata o médico e a enfermeira e foge. É um pouco estranho que a polícia chegue à cena do crime de manhã e só leve o Jason para a morgue à noite, mas tal como o Ed Wood dizia ninguém repara nessas coisas, o que interessa é the big picture. Além de que mais estranho é que a polícia não vá à procura do Jason depois de ele desaparecer da morgue juntamente com o médico e a enfermeira que matou. Ainda que o Jason tenha limpo o sangue e conseguido de alguma forma esconder os corpos, seria de esperar que o desaparecimento de um assassino em massa antes da autópsia levantasse alguma curiosidade. Oh well.
Enquanto o Jason regressa ao mato, eis que chega mais um grupo de seis jovens para passar o fim-de-semana ou umas férias. Não é explicado nem realmente interessa. Entre eles encontra-se o grande Crispin Glover, que será para sempre o George McFly, e que aqui tem finalmente oportunidade de demonstrar as suas técnicas de dança. Na casa em frente mora o Corey Feldman, o que significa que o filme conta com dois atores conhecidos!
O filme segue então o seu curso, com os jovens a darem as tradicionais banhocas em pelota no lago, a conhecerem-se mais intimamente e a serem inevitavelmente mortos um a um pelo Jason. Pelo meio há um moço que anda à caça do Jason para vingar a irmã, morta no segundo filme. Dou aqui a palavra ao markm-45, utilizador do IMDb:
If you ever need to avenge your sister's death, just follow Rob's great example:
1) Track down homicidal killer.
2) Try to fight seemingly unkillable maniac in an enclosed space with a small pocket-knife.
3) Stand there yelling "HE'S KILLING ME! HE'S KILLING ME!"
4) ????
5) Sister avenged!
Com o Rob morto ficam a restar apenas dois personagens vivos, a Trish e o irmão Tommy (o Corey Feldman). A Trish está prestes a ser morta pelo Jason quando aparece o Tommy com a cabeça rapada, fora uns tufos que escaparam, para tentar confundir o Jason. Que a Ginny se tenha disfarçado de mãe do Jason no segundo filme até compreendo, mas disfarçar-se do próprio em criança parece-me menos lógico. Seja como for o truque funciona e o Tommy consegue dar uma boa machetada na cabeça do Jason. Para todos os efeitos o Jason devia estar mais que morto, mas como ainda mexe um pouco a mão o Tommy demonstra ser o único personagem com miolos e desfá-lo à machetada, enquanto a irmã lhe pede para parar. Onde já se viu, continuar a bater num assassino em massa que talvez até já esteja morto?
O filme termina no hospital, com o médico a tranquilizar a Trish dizendo-lhe que o que aconteceu com o irmão foi normal, dado que ele estava sob muito stress. A cena final é a Trish abraçada ao Tommy e este a olhar para a câmara com um ar de psicopata tipo Renato Seabra. Enfim, possivelmente era o Corey Feldman que estava mal do estômago, não acredito que estejam a pensar tornar o Tommy num novo Jason. De certeza que o póster é só para enganar.
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Friday the 13th: A New Beginning
Ano: 1985
Bodycount de vítimas: 17
Enquanto estava a filmar o magnífico "The Goonies", o Corey Feldman conseguiu arranjar um dia livre para gravar a sua participação neste 5.º Sexta-feira 13, o segundo em que o Jason para todos os efeitos está morto. Neste até é suposto ter sido cremado, embora desconfie que isso vá mudar em breve.
Essa participação do Corey Feldman é só em sonho, já que o Tommy Jarvis é agora um adulto com os seus 20 anos e que está a ter alguns problemas em ultrapassar o episódio com o Jason. Pesadelos constantes, alucinações... o costume. Começa então o filme a ser levado para a polícia para uma casa de pessoas com problemas mentais. Quer dizer, fora um gordo que é chato como tudo e um moço que tem obviamente anger issues, não se percebe bem qual é o problema dos outros. Há um gago, uma fã de Cyndi Lauper, uma moça muito bem dotada e mais dois ou três que só lá estão para serem mortos.
Falando em ser morto, o gordo chateia demasiado o moço que ferve em pouca água (quando este está justamente com um machado na mão) e acaba feito às postas. Ora só se descobre no fim, mas o gordo era filho de um dos paramédicos que são chamados para o recolher, que não reage lá muito bem à coisa. Enquanto outros poderiam ter escrito cartas indignadas ao governo, este resolve que a melhor maneira de ultrapassar a morte do filho é vestindo-se à Jason Vorhees e começando a matar tudo o que aparece à frente.
Quando finalmente eliminam o pseudo-Jason, o Tommy é levado para o hospital para tratar uma machadada que o apanhou de raspão. Aí tem um pesadelo em que mata a outra sobrevivente e quando acorda tem uma alucinação com o Jason. Da frigideira para o fogo, portanto. A sobrevivente está prestes a entrar no quarto para ver como ele está quando ouve a janela a partir-se. Ao entrar depara-se com a cama vazia e atrás dela está o Tommy, com a máscara do pseudo-Jason na cara e um facalhão na mão. Parece-me então completamente irreversível que no próximo filme será ele o assassino de serviço. Seria no mínimo bizarro que fosse de outra forma.
Já agora, este é o primeiro filme da série a ter momentos de humor intencional, graças a uma mãe e filho que vivem perto da casa de repouso. Para lá da maneira peculiar como falam, destaco o momento em que a mãe cospe no guisado que está a fazer para o filho por estar farta de o ouvir resmungar. Um momento muito bonito que nos faz pensar a todos.
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Maratona de 6a feira 13, nice
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Jason Lives: Friday the 13th Part VI
Ano: 1986
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Quando no final de um filme há um personagem com uma máscara de hóquei no gelo na cara e uma faca na mão, aparentemente pronto a matar uma moça indefesa, é de esperar que no filme seguinte o moço seja o vilão de serviço. Acontece que o público não gostou muito da ideia de Sextas-feiras 13 sem o Jason, pelo que os produtores decidiram esquecer os finais dos dois últimos filmes e trazer de volta o Jason. Aliás, para não haver dúvidas, o filme chama-se primeiro "Jason Lives" e só depois "Friday the 13th Part VI", possivelmente por os produtores não quererem arriscar que o público parasse de ler o título a meio. Assim em vez de pensarem "Mais um Sexta-feira 13 sem o Jason? Nem me vou dar ao trabalho de ler o resto." pensam "Jason está vivo? Mas qual Jason? Espera, Sexta-feira 13 parte VI? Então é o Jason Vorhees que está vivo! Fixe, vou ver o filme!".
A ação começa com o Tommy e um amigo a irem desenterrar o Jason, já que o Tommy continua com pesadelos e acha que a única forma de acabar com eles é queimar o corpo do Jason para não restar nadinha. É certo que no quinto filme disseram que ele tinha sido cremado, mas como isso agora não daria jeito nenhum ele é promovido a enterrado. Escolhe também uma noite agradável para o fazer, já que está a cair uma boa tempestade. O problema é que, antes de queimar o cadáver, o Tommy resolve espetá-lo umas tantas vezes com um ferro. Ora enquanto vai buscar a gasolina para o queimar caem uns relâmpagos no ferro e despertam o Jason, tornando-o no zombie Jason que todos conhecemos. Melhor ainda, os relâmpagos poem-no de novo com carne e até olhos, dado que o cadáver já estava todo comidinho pelos vermes.
O Tommy consegue fugir mas o Jason mata o amigo dele, que cai para o caixão. Ao ver a campa aberta no dia seguinte o coveiro, que tem ligeiros problemas de alcolismo, receia que o acusem de não tomar conta do cemitério e volta a encher a tampa com terra. Enquanto isso o Tommy vai alertar o xerife que o Jason está vivo e naturalmente acaba preso. Não culpo o xerife, já que se me aparecesse um moço conhecido por estar numa instituição para pessoas com problemas mentais a gritar que um assassino morto e enterrado há uns 10 anos tinha subitamente voltado à vida eu provavelmente também não acreditaria. Aliás a cidade ficou tão traumatizada com os primeiros cinco filmes que mudou de nome de "Crystal Lake" para "Forest Green". Ainda por cima, quando o Tommy consegue levar o xerife ao cemitério, a campa está aparentemente intacta e o coveiro nega que ela alguma vez tenha estado aberta. Oopsie para o Tommy, que é expulso da cidade com ordens para nunca mais voltar.
O Jason vai então começando as suas matanças, incluindo uma decapitação tripla (quantos pontos é que uma coisa dessas vale?), o que faz com que o xerife conclua que é o Tommy que anda a matar o pessoal para tentar provar que o Jason está vivo. Só o Tommy sabe a verdade, nomeadamente que o Jason está a voltar para o acampamento (entretanto reaberto) onde se afogou para matar toda a gente. Pelo caminho ele lê um livro sobre ocultismo e fica a saber que a única forma de parar o Jason é pô-lo de novo dentro do lago, que é o lugar dele.
Chegamos então à batalha final. O xerife ainda dá uns balázios de caçadeira no Jason, mas isso já não lhe faz grande mossa. Tive pena do xerife, que foi o personagem mais corajoso nestes primeiros seis filmes. Garante que os putos do acapamento estão em segurança, tenta matar o Jason e quando percebe que é impossível foge do acampamento para levar o Jason com ele e proteger os putos. O problema é que a filha (que estava a ajudar o Tommy) vai à procura dele, o que faz o Jason esquecer o xerife e ir antes na direção da filha. O xerife salta para cima dele e ainda lhe dá umas boas marteladas com um calhau, mas não há muito a fazer contra o zombie Jason. Enfim, depois de sobretudo a Alice sobreviver no primeiro filme, achei que o xerife merecia melhor sorte. Ou pelo menos uma morte menos dolorosa.
O filme acaba com o Tommy a acorrentar o pescoço do Jason a um calhau pesadito e a atirá-lo para o meio do lago. O plano não parece funcionar muito bem, já que o Jason continua a mexer-se e a tentar afogá-lo, até que a hélice do barco lhe apanha o pescoço e aparentemente o deixa paralisado. A imagem final é do Jason no fundo do lago, completamente imóvel, mas com o olho bem desperto, mostrando que continua vivo. Ou undead, melhor dizendo.
Não quero acabar esta review sem destacar um dos putos do acampamento, que é muito engraçado. Quando se estão a enfiar debaixo das camas, percebendo obviamente que está a acontecer algo de muito perigoso, um dos outros putos pergunta-lhe o que ele acha, ao que o puto responde "I think we're dead meat.". E depois de ouvirem mais gritos de pessoal a ser morto pelo Jason ele acrescenta "Real dead meat.". E o melhor é que o faz com uma cara toda animada, do género "Daqui a nada já vais ver como tenho razão.". Mesmo muito bom.
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Friday the 13th Part VII: The New Blood
Ano: 1988
Bodycount de vítimas: 15
Neste filme nota-se que começam a ficar sem ideias (há quem diga que isso vem desde o segundo), já que o Jason é sai do lago graças a uma rapariga com poderes telecinéticos. Tenho que admitir que graças a esses poderes a batalha final é a melhor até aqui, mas receio que as coisas já estejam a ficar fantasiosas demais. Zombies assassinos ainda vá que não vá, mas telecinésia? Temos de ser sérios.
Neste sétimo Sexta-feira 13 temos então a Tina, muito triste por aos 10 anos ter afogado inadvertidamente o pai no lago onde estava o Jason de calhau ao pescoço. O pai tinha batido na mãe, ela estava zangada com ele e os poderes manifestaram-se pela primeira vez fazendo ruir o cais onde o pai estava. Passados 10 anos a Tina volta com a mãe e com o médico que a está a acompanhar (em teoria para a ajudar, mas na verdade para estudar os poderes dela) para a casa junto ao lago. Aí, depois de uma discussão, a Tina vai para a beira da água e tenta usar os poderes para voltar a dar vida ao pai. Escusado será dizer que não é bem o pai que sai do lago. Ah, e entretanto parece que se arrependeram de mudar a cidade de nome, já que sem qualquer explicação voltou a Crystal Lake.
O filme é basicamente igual aos outros, mas o destaque vai para o Jason, que está mais cool que nunca. Apesar de o novo ator ser relativamente baixo (1,80 m), é bastante encorpado e sobretudo tem um visual excelente, com um resto de corrente ao pescoço e alguns ossos à vista, em resultado de ter passado 10 anos debaixo de um lago a decompor-se. Assim como o Robert Englund é o Freddy Krueger, este Kane Hodder é claramente o Jason Vorhees. A batalha final também é interessante, com a Tina a usar os seus poderes para atirar objetos ao Jason, espetá-lo com pregos, fazer a máscara apertar-lhe a cabeça até se partir e pegar-lhe fogo. O facto de o Jason estar em chamas na cava naturalmente que faz a casa toda explodir, mas isso não o mata. Por fim o pai dela salta da água, prende o Jason com correntes e arrasta-o para dentro do lago de novo. Parto do princípio que o pai seja apenas uma manifestação dos poderes da Tina, já que não faria mesmo sentido nenhum que não tirassem o cadáver de dentro do lago. Além de que pai está como novo e não como alguém que passou os últimos dez anos morto dentro de um lago.
Infelizmente, fora o novo Jason e a batalha final, achei o filme fraquito em comparação com os anteriores. Não há comédia, as moças não são assim tão larocas e pelo que li as cenas de matança foram bastante censuradas para que o filme não levasse uma classificação R. Até a body count desceu em relação aos dois últimos! Pela primeira vez nos sete filmes que vi até agora dei por mim a fazer pausas regulares e a ver quanto tempo faltava para acabar. Oh well, o próximo será melhor, como dizia o Ed Wood.
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E isto nunca mais acaba?
Mas estou a gostar dos teus comentários, keep going, já so faltam 3, supondo eu que são só 10 (!!!!) filmes
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São 10 filmes do Sexta-feira 13, mais o Freddy x Jason e o remake do primeiro filme.
Friday the 13th Part VIII: Jason Takes Manhattan
Ano: 1989
Bodycount de vítimas: 17
Este oitavo filme começa com o Jason inerte no fundo do lago, presumivelmente morto outra vez, só que claro que um casal adolescente passa por cima dele com um iate, a âncora arrasta um cabo elétrico e... bom, que mais precisa o Jason para voltar à não-vida e a fazer o que faz melhor? O mais estranho é que o Jason continua no iate, que navega à deriva até chegar perto de um cruzeiro de partida para Nova Iorque. Ou seja, subitamente o Crystal Lake tem ligação ao oceano!
No cruzeiro, convenientemente cheio de adolescentes a festejar o facto de terem acabado o secundário, o Jason vai matando os menos importantes (e afundando o barco pelo caminho) até que os outros decidem fugir num barco salva-vidas. Não se percebe bem quanto tempo eles remam nem como sabem para onde devem remar, mas acabam por chegar a Nova Iorque, mais ao menos ao mesmo tempo que o Jason. Em puto podia não saber nadar, mas como zombie não se safa nada mal dentro de água.
Pelo que li a ideia era o filme passar-se quase todo em Nova Iorque e ter o Jason um pouco no papel do Charles Bronson no Death Wish, a castigar os criminosos locais, porém o orçamento era limitado e acabam por só chegar a Nova Iorque quando falta meia hora para o filme acabar. Aqui o Jason praticamente ignora os nativos e vai direto aos sobreviventes do barco, o que também é algo caricato. Agora faz-lhe diferença matar este ou aquele? A luta final é nos esgotos, com o Jason a ser apanhado por uma corrente de resíduos tóxicos e a aparentemente desfazer-se.
Depois do xerife no sexto filme voltamos a ter um personagem corajoso que morre à homem. Encurralado pelo Jason num telhado, vira-se a ele com as suas técnicas de boxe e consegue fazê-lo recuar quase até ao parapeito, só que nessa altura já tem as mãos todas em sangue e mal se aguenta em pé de cansaço. Percebendo que vai morrer diz ao Jason "Give me your best shot", o que obviamente significa um murro que lhe faz saltar a cabeça. No meio de tantos personagens que morrem a chorar e a implorar, este Julius soube sair em grande.
Destaque também para o Kane Hodder, o ator que faz de Jason do sétimo ao décimo filmes. Visualmente não está tão cool como no anterior, dado que já não tem a corrente ao pescoço e voltou a ter carne nas partes onde antes era osso, mas vê-se que é daqueles que se interessa pelo personagem que interpreta. Segundo li o guião dizia que quando o Jason chegava a Nova Iorque aparecia um cão a ladrar-lhe e ele dava-lhe um pontapé, só que o Kane Hodder se recusou a fazer isso, dizendo que o Jason não magoava animais nem crianças. Clap clap para ele.
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Jason goes to Hell: The Final Friday
Ano: 1993
Bodycount de vítimas: 20
Este é o filme em que as coisas começam a ficar realmente estranhas. De alguma forma o Jason está novamente inteiro e de volta a Crystal Lake, preparado para matar uma moça prestes a entrar para a banheira. A moça consegue fugir de casa a correr, sempre com a toalha bem enrolada à volta do corpo, até que chega a uma clareira. Aí descobre-se que é uma armadilha do FBI para o Jason, que é fuzilado e literalmente feito em pedaços. Parece-me um plano muito perigoso para a agente que serviu de isco, mas o certo é que funcionou. Os restos mortais do Jason são então levados para uma morgue no Ohio, onde o médico legista lhe faz a autópsia. Bom, já todos devem ter visto episódios suficientes do CSI para saber como estas coisas são, por isso não é preciso dar grandes explicações. Basta dizer que o médico devora o coração do Jason e fica possuído pelo espírito dele.
Enquanto o Jason, no seu novo corpo, regressa a Crystal Lake, matando alguns jovens imberbes pelo caminho para não perder a prática, um caçador de recompensas chamado Duke explica num programa de televisão que o Jason Vorhees tem poder para saltar de corpo para corpo e que só ele sabe a forma de o matar de vez. O jornalista oferece-lhe 500 mil dólares para o fazer. De onde veio esta ideia de o Jason trocar de corpos ninguém sabe, muito menos como o Duke está tão bem informado.
Já de volta a Crystal Lake, o Jason decide mudar de corpo. A mudança é feita através de um bicho meio parecido com um chestburster que sai da boca do corpo atual e entra na do novo corpo, e nas trocas seguintes basta segurar a cabeça da vítima e passar o bicho, mas esta primeira é um pouco diferente. O Jason despe a vítima, amarra-a a uma mesa, faz-lhe a barba e o bigode (com espuma de barbear e tudo) e só depois faz a transferência. A única explicação é que o Jason quisesse experimentar a sensação de estrear um novo corpo estando nu, atado a uma mesa e com a barba feita.
O Jason segue então para casa de uma empregada de mesa, com a qual o Duke já tinha falado, pelo que se percebe que tem alguma coisa a ver com esta história. Enquanto o Jason a está a tentar matar aparece o Steven, ex-namorado da filha, que luta com o Jason e o empurra pela janela, mas não antes de ele conseguir matar a mulher. Surge então a polícia, que naturalmente conclui que o Steven é o assassino e o prende. Na cela ao lado está o Duke, que explica então que a empregada de mesa era a única irmã do Jason. Essa irmã tinha uma filha (a tal ex-namorada do Steven), que por sua vez tem uma filha bebé, de quem o Steven é o pai. A irmã morta, a filha e a neta são as únicas parentes que o Jason tem, o que é importante já que só um parente do Jason o pode matar permanentemente. Por outro lado, se o Jason se conseguir apoderar do corpo de um parente, pode renascer na sua forma clássica. Isto tudo é contado pelo Duke na prisão ao Steven, o namorado da sobrinha do Jason, em troca de dedos partidos. Por cada nova informação o Steven tem de deixar o Duke partir-lhe um dedo. Qual a lógica disto? Pois...
O Steven e o Duke fogem da prisão e seguem para a antiga casa dos Vorhees, onde encontram um Necronomicon (em BD existem crossovers do Jason com o Freddy Krueger e o Ash dos Evil Dead). Fica assim implícito que a mãe ou o pai do Jason tenham usado magias de lá quando ele se afogou e que por isso é que ele ficou como está. O Duke dá também à sobrinha do Jason uma adaga especial, pelos vistos saída também do mundo dos Evil Dead, com a qual ela pode matar o Jason. Long story short, o Jason consegue entrar no corpo da irmã morta e voltar à sua forma clássica, com roupa, máscara e tudo, mas no fim a sobrinha espeta-lhe a adaga. Aí veem-se luzinhas a saírem dele na direção do céu e aparecem umas mãos do chão que o arrastam para baixo, supostamente para o inferno. Na cena final só resta a máscara do Jason no chão, quando surge a mão do Freddy Krueger a puxá-la para baixo. Isto indicava que o próximo filme seria o tão aguardado Freddy x Jason, mas como houve problemas com o argumento acabou por sair o 10.º Sexta-feira 13 primeiro. Enfim, não estou a ver como é que as coisas podem ficar mais ridículas, acho que só mesmo se o filme for passado no espaço.
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Jason X
Ano: 2002
Bodycount de vítimas: 21
O filme é passado no espaço. There, I've said it. A história começa no presente, com o Jason preso numa instalação militar. Já o tentaram executar com os métodos de pena capital dos States mas, surpresa das surpresas, a coisa não funcionou. Assim sendo estão a preparar-se para o congelar, só que ele entretanto dá uma de Houdini. Felizmente a heroína consegue pô-lo na câmara criogénica, só que antes de ficar congelado o Jason fura a câmara com a machete e fere gravemente a moça. Ainda por cima, o ar frio passa pelo buraco na porta feito pela machete e congela-a também. A ação avança então até ao ano 2455, sendo que durante mais de quatrocentos anos ninguém se deu ao trabalho de ver o que tinha acontecido ao Jason e de, quiçá, enterrar a rapariga em vez de a deixar séculos no meio do chão.
Já então no futuro, uma equipa de estudantes entra por algum motivo na instalação e leva os dois corpos congelados para a nave, a caminho da Terra 2 (a Terra 1 já não é capaz de suportar vida). O Jason é dado como morto e irrecuperável, mas a moça é logo descongelada. Reage admiravelmente bem ao facto de estar no futuro e de todas as pessoas que alguma vez conheceu estarem mortas, mas fica algo apreensiva quando sabe que o Jason está na nave. Garantem-lhe que não há o mínimo problema e que o Jason está morto, mas ela insiste em ver o cadáver e evidentemente quando lá chegam o único cadáver que encontram é o da técnica que o estava a estudar.
A partir daqui o filme é um bocado um Alien dos pobres, com os alunos fechados numa sala cheios de medo enquanto a meia dúzia de soldados que seguia na nave tenta matar o Jason e falha miseravelmente. O professor dos alunos é um bocado o Burke de serviço, que quer capturar o Jason vivo para ficar rico com ele (como exatamente não é explicado), mas em abono da verdade não consegue atrapalhar em nada as tentativas de o matar. Tudo o que faz é prometer dinheiro ao sargento para não matarem o Jason, só que é completamente ignorado.
Quando os soldados, o professor e alguns dos alunos já estão mortos, um dos putos ainda vivos programa a sua androide para combate. Ela brinca um bocado com o Jason com artes marciais e umas pistolinhas à la Lara Croft até que decide passar a coisas sérias e o rebenta todo com uma espécie de caçadeira espacial. Nessa altura os sobreviventes regressam à vida deles, até porque a nave sofreu bastantes danos está a menos de uma hora de explodir. O problema é que o Jason caiu para cima de um posto médico automático, que manda os seus nanobots transformá-lo em ciborgue tipo Freezer. Com isto ele fica mais poderoso que nunca e é promovido (de acordo com os créditos) a Uber-Jason. A sério.
A androide tenta outra vez derrotá-lo, mas com a confusão deve ter perdido a caçadeira, já que só usa as pistolitas. O resultado é um murro do Jason que lhe faz saltar a cabeça, tal como já tinha acontecido no oitavo filme. A Rowan, o moço da androide e a cabeça dela (que ainda funciona, claro está) são resgatados por outra nave espacial de passagem, enquanto o sargento se sacrifica agarrando-se ao Jason com o seu fato espacial e levando-o para a Terra 2, onde a entrada na atmosfera os põe bem quentinhos. Um casal de jovens pensa ser uma estrela cadente e constata que caiu num lago ao pé deles, de modo que se dirige para lá para observar. A imagem final é do resto da máscara do Jason no fundo do lago, sem se saber se restou mais alguma coisa dele.
Ficam a faltar o Freddy x Jason (que já vi em tempos e já me esqueci de quase tudo) e o remake do filme original. Um dia tentarei vê-los e escrever alguma coisa sobre eles, quanto mais não seja para no futuro não ter a tentação de os ver de novo.
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Tal como disse, escrever estas reviews vai-me poupar tempo no futuro quando possa vir a ficar tentado a ver os filmes de novo. Por exemplo em relação aos filmes com tubarões e crocodilos, há vários que já se me varreram completamente da memória, pelo que é engraçado ler algo escrito por mim em relação a filmes que não me lembro de ter visto. É como se eu viesse do futuro para me avisar a mim próprio a não ver aquelas porcarias.
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Hahahahah, gosto da tua forma de pensar.
Mas é realmente uma boa ideia
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(28-05-2012, 17:45)Kronopt Wrote: Hahahahah, gosto da tua forma de pensar.
Mas é realmente uma boa ideia
A sério, repara o que eu escrevi sobre um filme de crocos:
"Repito que este não é um bom filme. O orçamento é claramente limitado, o que explica o aspecto muito pouco credível do bicho. Algumas das mortes são apenas com o pessoal a gritar e depois a água a ficar toda vermelha no sítio onde eles estavam. A parte boa é que sei que muito brevemente não me recordarei de ter sequer visto este filme. Nessa altura tenho apenas de me lembrar de não o ver de novo."
A reler isto estava a pensar que já não me lembrava de nada deste filme e que se calhar o teria de ver outra vez, mas a última frase avisou-me para não o fazer. Estou agradecido a mim próprio.
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Tenho de passar a fazer isso.
Em vez de notas mentais, notas externas!
BRILLIANT! xD
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Friday the 13th
Ano: 2009
Bodycount de vítimas: 13
Depois de termos tido o Jason Vorhees a lutar com o Freddy Krueger e no espaço, eis que chega a hora de fazer o reboot da franchise. O filme começa com um grupo de jovens imberbes (a sério, não haverá ninguém com uma barba à lenhador?) a contar o final do filme original, com a monitora do acampamento a decepar a mãe do Jason. A diferença aqui é que o rapaz que está a contar a história já sabe que o Jason na realidade não se tinha afogado e que assistiu à morte da mãe, embora não adiante o que lhe aconteceu depois. Depois desta introdução os moços já serviram o seu propósito, pelo que aparece o Jason com o seu saco na cabeça (mais tarde encontra e passa a usar a famosa máscara de hóquei no gelo) e os mata a todos. Ou então não, mas isso só se saberá depois.
Seis semanas mais tarde, o irmão de uma das raparigas do grupo chega ao sítio à procura dela. Os nativos parecem saber o que acontece ao pessoal que desaparece naquelas matas e dizem-lhe para a esquecer, mas é claro que ele não liga. Entretanto chega um novo grupo de jovens para passar férias e ser morto um a um, como convém nestes filmes. Ah, e estes não chegam a tomar banho em pelota, mas não é por isso que o amor deixa de estar no ar.
Quando já está tudo praticamente morto, o herói descobre que a irmã passou as seis semanas presa pelo Jason, que possivelmente não a matou por a achar parecida com a mãe, e avançamos para a batalha final em que o Jason é morto com uma machetada mesmo no coração. A haver um segundo filme suponho que ele volte já como zombie, que não me parece que fosse possível alguém sobreviver a um golpe daqueles. No final, depois de atirarem o corpo do Jason ao lago, ele volta para agarrar a tal irmã, mas parto do princípio que seja apenas um sonho, já que era assim que os primeiros filmes acabavam.
Gostei do filme e acho que acrescenta algumas coisas engraçadas aos originais. Aqui o Jason aproveita uma mina abandonada para se movimentar sem ser visto e tem fios à superfície onde as vítimas tropeçam, fazendo tocar uns sinos no interior da mina. A coisa funciona assim como uma teia de aranha: alguém tropeça num fio, faz tocar o sino X e o Jason sabe que há uma vítima no sítio correspondente. O Jason aparece também mais como caçador do que grandalhão forte e lento, montando armadilhas e conhecendo perfeitamente o terreno.
A única coisa específica que não gostei no filme foi o facto de o Jason ter queimado viva uma moça. Acho que os Sextas-feiras 13 devem ser slasher movies e não torture porn, o que significa mortes rápidas e não mortes cruéis. Possivelmente os argumentistas acharam que nos tempos que correm precisavam de alguma coisa mais forte para chocar as pessoas, não sei. Como essa rapariga foi logo a segunda a morrer, enquanto outro rapaz estava a assistir a tudo sem poder fazer nada, derivado de estar com o tornozelo preso numa armadilha para ursos, cheguei a recear que as mortes restantes fossem todas do mesmo género, mas felizmente (na minha opinião) que não foi assim.
Seja como for, acho que o problema principal deste remake é que já não estamos nos 80's. Este tipo de filmes já foi em grande medida esgotado e penso que os Screams terão sido a machadada final, embora talvez ainda venha a surgir algum filme que goze com o ridículo que é a Sidney andar no Scream 4 ainda desarmada, depois de já a terem tentado matar três vezes. Está na América a ser perseguida por tipos com facas, que espera ela para arranjar um pistolão para se defender? Havia de ser o tipo a telefonar para ela e a Sidney a responder "Então vem, ó palhaço. Estou à espera.". Enfim, ao contrário de um James Bond, que pode ter aventuras novas ao longo das décadas, não há muito mais que se possa fazer com o Jason Vorhees. Penso que o melhor será mesmo deixá-lo a descansar no lago de vez.
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Como alguem ja disse, acho que estao umas criticas decentes.
Mas agradeceria tambem se pudesses colocar quem fez e quem aprovou o screenplay para poder evitar outros filmes escritos pelos mesmos, ou pelo menos ver mas with caution.
E ja que viste tantos 6tas feiras, se fosses tu como farias um? Faz apenas um resumo da historia, depois poderemos flesh out o resto.
There's no stoppin' what can't be stopped, no killin' what can't be killed. You can't see the eyes of the demon, until him come callin'...
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(05-06-2012, 13:47)Khorazyn Wrote: E ja que viste tantos 6tas feiras, se fosses tu como farias um? Faz apenas um resumo da historia, depois poderemos flesh out o resto.
A questão é mesmo essa. O personagem Jason Vorhees é excelente, tanto que há 12 filmes com ele, mas penso que o filão está esgotado. O mesmo acontece com os Pesadelos em Elm Street e Screams: já fizeram tudo o que podiam com os personagens, não há mais nada a acrescentar.
Há outros exemplos de franchises assim, tipo Jaws. O primeiro é uma obra-prima e o segundo é basicamente "aparece outro tubarão". A partir daí os filmes passam a ser gimmicky: o terceiro é em 3D e passado num parque de diversões e no quarto o tubarão de serviço quer-se vingar da família Brody. Nunca chegou a haver um quinto filme porque os dois últimos foram péssimos e porque, sinceramente, que mais haviam de inventar? Só se os tubarões passassem a andar em terra.
Os Death Wishes são muito semelhantes. O primeiro é excelente, o segundo é a repetição da mesma história e a partir daí as coisas começam a ficar silly. No terceiro anda o Charles Bronson pelas ruas de Nova Iorque com uma Browning M1919 e um lança foguetes, no quarto é ele contra três gangues de mafiosos e o quinto... bom, o quinto é ele contra meia dúzia de parolos, mas como nessa altura o Charles Bronson já tinha mais de 70 anos demora o seu tempo a matá-los. Não houve nem haverá um sexto filme, mas se houvesse seria extremamente difícil arranjar um argumento original. Basta ver que nos cinco filmes o Charles Bronson perdeu 4 mulheres/namoradas.
Voto assim que se reforme o Jason Vorhees e que se criem personagens novos. Recentemente houve os inbred cannibals dos Wrong Turn, com 4 filmes, mas também aí receio que a fórmula se comece a esgotar. Já é um bocado ridículo que desapareça tanto grupo de jovens imberbes na mesma mata, mas mais ainda é que os sobreviventes não voltem lá com a polícia ou o exército para buscar os cadáveres dos amigos e limparem tudo quanto for canibal.
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Adorei as tuas críticas! =D
Deu-me alguma vontade de os ver, para ser sincero, nem que seja só para ver em imagens e som o que tu escreveste e já ir com um espírito aberto, tal como quando fui ver, este fim-de-semana a "Snowhite of the Rings". Comédia!
De todos os fóruns que conheço, este é um deles.
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Freddy vs. Jason
Ano: 2003
Bodycount de vítimas do Jason: 20
Bodycount de vítimas do Freddy: 1
Uma das taglines do Alien vs. Predator, "whoever wins, we lose", adapta-se na perfeição a este Freddy vs. Jason. Independentemente de quem ganha o combate entre eles, quem vê este filme sai sempre a perder.
A história passa-se a seguir ao Sexta-feira 13 parte 9, quando o Jason foi parar ao inferno. Lá encontra o Freddy Krueger, que está mortinho por voltar ao mundo dos vivos. Nunca fui grande fã dos Pesadelos em Elm Street, mas pelo que percebi o Freddy precisa de ser temido para ter poder. A seguir ao último Pesadelo, a polícia pôs todos os putos que tinham tido contacto com o Freddy (e sobrevivido) num manicómio, impedidos de comunicar com o mundo exterior, e a tomar uns comprimidos que os impediam de ter sonhos. Assim o Freddy não podia aparecer nos sonhos dos putos no manicómio e os de fora nem sequer sabiam quem ele era, logo não tinham medo dele. A solução do Freddy é disfarçar-se da mãe do Jason e dizer-lhe para ir a Elm Street matar putos. As mortes serão atribuídas ao Freddie, o pessoal fica com medo dele outra vez e o Freddie torna-se poderoso o suficiente para sair do inferno e voltar à Terra.
A explicação para o crossover faz sentido e nesta altura uma pessoa até pode acreditar que o filme será bom, sobretudo porque logo a seguir surge a magnífica Katharine Isabelle (não confundir com a Rute Isabel, irmã da Susana). É de longe a melhor atriz em todo o filme e a personagem dela (Gibb) também está muito boa, tendo por exemplo este belo diálogo:
Lori: Hey. Gibb, what are you doing? I thought you were gonna quit.
Gibb: I only smoke when I drink now.
Kia: But you're always drinking.
Gibb: Yeah, well, I'll work on that next.
Pouco depois o namorado dela é morto pelo Jason e temos o seguinte momento:
Deputy Scott Stubbs: [as the teens come out of the house screaming] You kids need some assistance?
Gibb: [showing him her blood-stained hands]
[shouts]
Gibb: What the fuck do you think?
Infelizmente o entusiasmo pelo filme não dura muito, já que a fantástica Katharine Isabelle é das primeiras a ser morta. Curiosamente ou não, as coisas começam a descambar, tanto a nível de atores como de realizador. Em vários momentos a sensação é que se está a assistir a um filme do Ed Wood, a diferença é que o orçamento do Freddy vs. Jason foi 30 milhões de dólares.
O plano do Freddy funciona e ele volta à Terra, o problema é que o Jason continua todo divertido a matar pessoal, nomeadamente a soberba Katharine Isabelle, numa altura em que o Freddy a estava a atormentar no mundo dos sonhos. O Freddy fica compreensivelmente chateado, possui um dos putos (uma imitação descaradíssima de Jay, mais valia terem contratado o próprio Jason Mewes) e injeta o Jason com uma dose cavalar de tranquilizantes. Temos então a primeira peleja entre Freddy e Jason, no mundo dos sonhos, que não está nada má, embora abuse dos cabos. O Freddy derrota o Jason graças ao medo que este tem da água e põe-o a ter pesadelos com o seu afogamento.
Enquanto isso os putos sobreviventes percebem o plano do Freddy e levam o corpo do Jason para o Crystal Lake Camp (aparentemente não é muito longe de Elm Street), convencidos que isso dará vantagem ao Jason e lhe permitirá matar o Freddy. Temos então mais uma boa luta, que acaba com os dois todos rebentados a caírem à água, não sem antes a moça principal cortar a cabeça do Freddy com a machete do Jason. Na cena final temos o Jason a sair da água no dia seguinte, com a machete numa mão e a cabeça do Freddy na outra, enquanto o Freddy pisca o olho para a câmara e se ouve uma gargalhada sinistra.
Acho que o enredo está bastante bom para o filme que é. Tanto o Freddy como o Jason estão bem e dão boa conta de si nas cenas de porrada. O problema é mesmo a falta de qualidade dos atores e do realizador. Fora a sensacional Katharine Isabelle e em certa medida a Kelly Rowland (ex-Destiny's Child), os atores são péssimos. Há cenas que são embaraçosamente más de ver, a começar pelas que envolvem a atriz principal. Quanto à realização, não tenho conhecimentos para fazer uma crítica como deve ser, mas acho que quando um argumento é bom e o filme é uma boa crap, tem de se atribuir culpa ao realizador. Ainda por cima, logo no ano a seguir tivemos o já citado Alien vs. Predator, que desmoralizou tanto o Ridley Scott que este desistiu dos seus planos de fazer uma prequela propriamente dita do Alien.
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(12-06-2012, 11:08)Rufferto Wrote: a magnífica Katharine Isabelle (não confundir com a Rute Isabel, irmã da Susana)
Boa maneira de nos preparares para a introducao de uma pessoa nova. E' como eu mencionar o Simão.
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