17-08-2010, 12:07
Este filme fica para a história como aquele em que o Christopher Lee se recusou a dizer as falas que lhe puseram no guião por as achar más demais, preferindo fazer o filme sem dizer uma única palavra. O mundo terá assim perdido alguns diálogos particularmente emocionantes, mas não se pode ter tudo.
Depois de no Horror of Dracula o dito Drácula ter sido destruído, é o criado Klove que fica encarregue de o ressuscitar. Para isso conta com a ajuda imprescindível de dois casais ingleses que estão de passagem por aquelas bandas, sendo que uma das mulheres é particularmente irritante.
O casal principal consegue fugir e refugia-se no mosteiro onde vive o padre que faz no fundo o papel do Van Helsing, já que o Peter Cushing tinha a mulher muito doente e não pôde participar neste filme. Um pormenor que achei interessante foi que o Renfield também está no mosteiro, depois de ter sido encontrado meio louco pelos padres alguns anos antes. Os padres chamam-lhe Ludwig mas é claramente o Renfield, até na parte de comer insectos e chamar pelo "master".
A morte do Drácula também é bastante frouxa, embora ainda assim não seja das piores. O Drácula está a lutar com o personagem principal em cima de um lagozinho gelado, quando o padre começa a partir o gelo ao tiro, encurralando o Drácula que não pode atravessar água corrente. Por fim ele cai na água e fica ele próprio congelado. O filme acaba aí, e pela continuação fica bastante óbvio que nunca ninguém pensou na possibilidade de o tempo ficar mais quente e o gelo derreter, muito menos em retirarem o Drácula de lá enquanto ele não se podia defender e destruirem-no.