O Cobaia a dizer mal de algo. Que surpresa.
Mas, neste caso, sou o primeiro a reconhecer que o jogo não é nenhuma obra de arte; é frustrante, injusto (não tem a melhor colisão de det... (*) ahem... detecção de colisões do mundo), repetitivo, e os controlos não são dos melhores (entrar em portas, por exemplo, implica muitas vezes alinhamento perfeito). Se na altura tivesse tido mais opções, de certeza que não o teria jogado tanto... mas quando tive o meu primeiro Spectrum (mesmo meu, sem ser da família, e não era exactamente um Spectrum, mas sim
um destes -- made in Portugal!) esse e o Paws (um clone do Sabre Wulf, mas bem mais lento) foram os primeiros jogos que tive, e as opções não eram muitas.
O A Day in the Life tem uma particularidade interessante, no entanto: é um jogo de plataformas
sem as plataformas. Se virmos bem, é exactamente o mesmo estilo de jogo que o Manic Miner: cada nível é um ecrã (se bem que neste é preciso algumas vezes voltar a níveis anteriores depois de se ter feito coisas), e em cada nível há uns 2-3 objectos para apanhar / activar, antes de se ir para a saída. E
tudo nos mata -- incluindo objectos perfeitamente comuns do dia-a-dia, que, sabe-se lá porquê, têm o nosso tamanho, e se movimentam continuamente entre dois pontos.
(*) very old private joke