Sand Sharks
Assim como há óscares para melhor documentário e melhor filme de animação, penso que já era altura de se criar a categoria de melhor mau filme de monstros. Este Sand Sharks seria um forte candidato a ganhar o óscar de 2011.
Como o título sugere, os tubarões aqui movimentam-se na areia, pelo que acabam quase por ser uma mistura de tubarões a sério com as minhocas do Tremors. Não há realmente uma explicação para a existência dos bichos, mas sinceramente o pessoal não vê estes filmes pelas explicações científicas. Há um bando de tubarões CGI na areia, e isso é tudo o que precisamos saber.
O destaque para mim vai inteirinho para o Corin Nemec, aka Parker Lewis. É daqueles atores que passou ao lado de uma grande carreira sem se perceber bem porquê, já que para mim é infinitamente superior a Adam Sandlers e companhia. Ele faz um papelão do princípio ao fim, mas a minha cena preferida é quando ele diz "Ignore the chaos! Keep dancing! Keep dancing!" aos putos que fogem em pânico dos tubarões que os estão a tentar devorar. Vale a pena ver o filme nem que seja só pelo Corin Nemec.
Uma nota também para a estreia da Brooke Hogan (filha do Hulkster) como atriz principal. Fiquei um pouco desiludido por não a ver fazer um bodyslam a nenhum dos tubarões, mas mesmo assim ela não está tão mal como seria de esperar.
2-Headed Shark Attack
Neste filme a Carmen Electra é claramente a pedra basilar. Em primeiro lugar faz de doutora, pelo que se aceitarmos essa premissa então a ideia de um tubarão gigante com duas cabeças não é assim tão ridícula. Quer dizer, um user do IMDb diz e bem que não é a primeira vez que ela fez esse papel, já que "She was a doctor of giving me boners in the late 90s". Em segundo lugar ela é tão má atriz que faz a Brooke Hogan parecer a Meryl Streep.
A história consiste num grupo de alunos universitários que vai numa visita de estudo às Ilhas Salomão, só que pelo caminho o barco leva uma ginja do tubarão e começa a meter água. Felizmente que estão próximos de um atol, de modo que os putos vão lá esticar as pernas enquanto a Dra. Electra fica no barco a apanhar banhos de sol. A partir daí é o esperado, com o tubarão a comer pessoal a torto e a direito. Aliás, entre alunos, professores e tripulação do barco, o tubarão come 21 pessoas! Isto tudo durante o mesmo dia, já que nunca chega a anoitecer.
Outro aspeto engraçado do filme é que, como o tubarão tem duas cabeças, as vítimas tendem a cair na água aos pares. De resto praticamente nada faz sentido, incluindo a parte em que o atol começa a afundar, mas com 21 pessoas devoradas em 88 minutos não há tempo para uma pessoa se aborrecer.