24-05-2012, 12:39
Continuando a minha demanda por filmes de qualidade que nos fazem pensar, comecei ontem a rever os Sextas-feiras 13. Vou tentar deixar aqui algumas palavras sobre cada filme à medida que os for vendo. Acho que não preciso de avisar que vai haver spoilers, já que os filmes são tão antigos que quem ainda não os viu é porque não está interessado neles. Por outro lado, se não querem saber dos Sextas-feiras 13 para nada, por que raio estão a ler uma thread sobre os filmes?
Friday the 13th
Ano: 1980
Bodycount de vítimas: 9
Tal como quem viu o primeiro Scream ficou a saber graças à cena inicial com a Drew Barrymore, no primeiro filme o assassino não é o Jason Vorhees mas sim a mãe dele.
Resumidamente, havia um acampamento de miúdos (o "Crystal Lake Camp"), onde em 1957 um puto chamado Jason Vorhees se afogou. A mãe, que era cozinheira no acampamento, culpou os monitores, que em vez de estarem a tomar conta do Jason estavam nas poucas-vergonhas. Assim no ano seguinte ela matou o casal de monitores (ou outro parecido) e o acampamento fechou. Durante os 22 anos seguintes não aconteceu rigorosamente nada, até que em 1980 um moço se lembra de reabrir o acampamento e contratar alguns jovens imberbes para ajudar nos preparativos finais antes da chegada dos putos. A mãe do Jason não concorda com essa reabertura e decide que a coisa esperta a fazer é passar geral.
Na altura este era mais um filme de orçamento reduzido e não se pensava que viesse a ter sequelas, mas como rendeu muitos kopins naturalmente que isso mudou, e nas sequelas é que o Jason é efetivamente o slasher de serviço. Claro está que não faz sentido nenhum que ele estivesse vivo e que durante todos os anos que passaram desde o seu suposto afogamento nunca tivesse tentado contactar a mãe nem esta tivesse tropeçado nele enquanto procurava pessoal para matar. Além disso estamos a falar de um lago pacato, sem ondas nem crocodilos, onde seria facílimo resgatar um corpo, pelo que não se encontrando o cadáver era porque o puto teria de estar vivo algures. Enfim, tal como disse a ideia original era o Jason estar mesmo morto e enterrado.
O filme em si vê-se bem, em parte graças à banda sonora inspirada no Psycho. Destaca-se também a participação de um Kevin Bacon muito novinho e que morre de uma forma não muito agradável. Por falar em mortes, dois dos personagens morrem off screen, o que é sempre um bocado estranho num filme deste género. É quase como num filme porno haver cenas de sexo off screen em que os personagens entram no quarto e aparecem depois já a fumar um cigarro. What's the bloody point?
Para lá da banda sonora, uma das coisas que mais gostei no filme é o mistério sobre quem é o assassino. Algumas das vítimas mostram conhecer a pessoa e não ter medo até ser tarde demais, mas só ficamos a saber a sua identidade mesmo no fim.
O pior para mim foi mesmo que a única das personagens principais que sobrevive é justamente a que merecia morrer por ser tão estúpida. Os homens são mortos sem sequer chegar a saber que estão em perigo e as raparigas também não têm muitas hipóteses, do género virarem-se e terem um machado na direção da cabeça. Já a personagem principal consegue o prodígio de nocautear a mãe do Jason 3 (três!) vezes e fugir em círculos a seguir, em vez de a matar ou imobilizar. Acrescente-se que estamos a falar de uma jovem de 20 anos contra uma senhora de 54, pelo que não deveria ser muito difícil deixá-la para trás a correr, isto evidentemente correndo na mesma direção. É claro que isto é um filme, mas custa torcer por uma personagem tão completamente inútil. O que vale é que ela em breve terá o que merece.
Friday the 13th
Ano: 1980
Bodycount de vítimas: 9
Tal como quem viu o primeiro Scream ficou a saber graças à cena inicial com a Drew Barrymore, no primeiro filme o assassino não é o Jason Vorhees mas sim a mãe dele.
Resumidamente, havia um acampamento de miúdos (o "Crystal Lake Camp"), onde em 1957 um puto chamado Jason Vorhees se afogou. A mãe, que era cozinheira no acampamento, culpou os monitores, que em vez de estarem a tomar conta do Jason estavam nas poucas-vergonhas. Assim no ano seguinte ela matou o casal de monitores (ou outro parecido) e o acampamento fechou. Durante os 22 anos seguintes não aconteceu rigorosamente nada, até que em 1980 um moço se lembra de reabrir o acampamento e contratar alguns jovens imberbes para ajudar nos preparativos finais antes da chegada dos putos. A mãe do Jason não concorda com essa reabertura e decide que a coisa esperta a fazer é passar geral.
Na altura este era mais um filme de orçamento reduzido e não se pensava que viesse a ter sequelas, mas como rendeu muitos kopins naturalmente que isso mudou, e nas sequelas é que o Jason é efetivamente o slasher de serviço. Claro está que não faz sentido nenhum que ele estivesse vivo e que durante todos os anos que passaram desde o seu suposto afogamento nunca tivesse tentado contactar a mãe nem esta tivesse tropeçado nele enquanto procurava pessoal para matar. Além disso estamos a falar de um lago pacato, sem ondas nem crocodilos, onde seria facílimo resgatar um corpo, pelo que não se encontrando o cadáver era porque o puto teria de estar vivo algures. Enfim, tal como disse a ideia original era o Jason estar mesmo morto e enterrado.
O filme em si vê-se bem, em parte graças à banda sonora inspirada no Psycho. Destaca-se também a participação de um Kevin Bacon muito novinho e que morre de uma forma não muito agradável. Por falar em mortes, dois dos personagens morrem off screen, o que é sempre um bocado estranho num filme deste género. É quase como num filme porno haver cenas de sexo off screen em que os personagens entram no quarto e aparecem depois já a fumar um cigarro. What's the bloody point?
Para lá da banda sonora, uma das coisas que mais gostei no filme é o mistério sobre quem é o assassino. Algumas das vítimas mostram conhecer a pessoa e não ter medo até ser tarde demais, mas só ficamos a saber a sua identidade mesmo no fim.
O pior para mim foi mesmo que a única das personagens principais que sobrevive é justamente a que merecia morrer por ser tão estúpida. Os homens são mortos sem sequer chegar a saber que estão em perigo e as raparigas também não têm muitas hipóteses, do género virarem-se e terem um machado na direção da cabeça. Já a personagem principal consegue o prodígio de nocautear a mãe do Jason 3 (três!) vezes e fugir em círculos a seguir, em vez de a matar ou imobilizar. Acrescente-se que estamos a falar de uma jovem de 20 anos contra uma senhora de 54, pelo que não deveria ser muito difícil deixá-la para trás a correr, isto evidentemente correndo na mesma direção. É claro que isto é um filme, mas custa torcer por uma personagem tão completamente inútil. O que vale é que ela em breve terá o que merece.