17-01-2011, 18:59
Inundações e derrocadas mataram mais de 640 pessoas
Temem-se novas inundações e epidemias no Rio de Janeiro
O Governo brasileiro mobilizou cerca de 600 militares para as operações de resgate na zona serrana do Rio de Janeiro, onde agora se teme um novo temporal e epidemias.
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, já tinha afirmado que as previsões meteorológicas para os próximos dias não eram tranquilizadoras e pediu aos moradores das zonas em risco para abandonarem as suas casas. No fim-de-semana a chuva voltou a cair e as estações de televisão mostraram imagens de equipas de resgates e procurar vítimas entre os escombros. Foram enviados 586 militares para o local, e com eles cerca de 8000 pacotes de comida e 7 toneladas de medicamentos e outros bens de primeira necessidade.
Responsáveis da Defesa Civil brasileira adiantaram que a região pode ser atingida por novas inundações e deslizamentos de terras e por surtos de doenças, e a secretária da Saúde de Teresópolis, Solange Sirico, alertou a população para “os riscos de epidemias de doenças como a leptospirose ou a hepatite” e apelou à população para que não beba água potencialmente contaminada, como a dos poços.
Mais de 13 mil pessoas já abandonaram as suas casas devido à pior catástrofe natural que o Brasil enfrentou nos últimos anos. Na última semana morreram na região serrana junto ao Rio de Janeiro pelo menos 642 pessoas, segundo dados da Polícia Civil divulgados esta segunda-feira pelo “Folha de São Paulo”. Em Nova Friburgo, a região mais afectada, morreram pelo menos 292 pessoas, em Teresópolis 271 e em Petrópolis 55, e houve também 20 vítimas das derrocadas em Sumidouro e quatro em São José do Vale do Rio Preto.
Em Petrópolis há 3600 desalojados e 2800 desabrigados, designações usadas pelas autoridades para referir os que ficaram sem casa mas contam com a ajuda de familiares e os que não têm qualquer apoio e têm de recorrer aos abrigos públicos fornecidos pelas autoridades. Segundo a Defesa Civil, em Teresópolis há pelo menos 960 desalojados e 1280 desabrigados, e em Nova Friburgo 3220 desalojados e 1970 desabrigados. Os números, no entanto, continuam a aumentar com o passar do tempo.
O caos nas regiões afectadas tem dificultado a entrega de água, comida e roupas aos moradores e a distribuição de 170 toneladas de doações tem sido também complicada, apesar de o procedimento estar a ser vigiado por militares, por exemplo no ginásio Pedrão em Teresópolis. “Tem gente que recebeu e não estava desabrigado. Tem gente que recebeu dez vezes a mesma coisa”, disse ao “Globo” o empresário Sérgio Epifânio, um dos coordenadores do atendimento. Também já foram detidos comerciantes que mantiveram os estabelecimentos abertos mas estavam a cobrar preços abusivos.
Em sete municípios foi decretado o estado de calamidade pública, o Brasil vive esta segunda-feira o segundo de três dias de luto nacional e para o estado de São Paulo foram decretados sete dias de luto.
Os militares e bombeiros tentam ainda chegar a algumas zonas que continuam isoladas. “As condições meteorológicas não nos permitem avançar nas zonas rurais e socorrer as pessoas isoladas. Apenas podemos fazer voos curtos, e as equipas em terras estão também a ter algumas dificuldades”, adiantou à rádio CBN, citada pela AFP, o coronel dos bombeiros do Rio de Janeiro Pedro Machado.
Num ginásio em Teresópolis onde se encontram centenas de refugiados foi improvisada uma delegação do tribunal de menores para encontrar parentes ou vizinhos que possam acolher crianças que ficaram órfãs. “É um momento trágico. Estamos a tentar encontrar pessoas próximas das crianças que perderam o pai ou a mãe”, contou à AFP Lucilia Veiga, uma funcionária do tribunal. Muitas crianças já estão com alguém próximo que sobreviveu.
(copiado de publico.pt)
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Agora já se percebe porque é que se chama Rio de Janeiro...
Temem-se novas inundações e epidemias no Rio de Janeiro
O Governo brasileiro mobilizou cerca de 600 militares para as operações de resgate na zona serrana do Rio de Janeiro, onde agora se teme um novo temporal e epidemias.
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, já tinha afirmado que as previsões meteorológicas para os próximos dias não eram tranquilizadoras e pediu aos moradores das zonas em risco para abandonarem as suas casas. No fim-de-semana a chuva voltou a cair e as estações de televisão mostraram imagens de equipas de resgates e procurar vítimas entre os escombros. Foram enviados 586 militares para o local, e com eles cerca de 8000 pacotes de comida e 7 toneladas de medicamentos e outros bens de primeira necessidade.
Responsáveis da Defesa Civil brasileira adiantaram que a região pode ser atingida por novas inundações e deslizamentos de terras e por surtos de doenças, e a secretária da Saúde de Teresópolis, Solange Sirico, alertou a população para “os riscos de epidemias de doenças como a leptospirose ou a hepatite” e apelou à população para que não beba água potencialmente contaminada, como a dos poços.
Mais de 13 mil pessoas já abandonaram as suas casas devido à pior catástrofe natural que o Brasil enfrentou nos últimos anos. Na última semana morreram na região serrana junto ao Rio de Janeiro pelo menos 642 pessoas, segundo dados da Polícia Civil divulgados esta segunda-feira pelo “Folha de São Paulo”. Em Nova Friburgo, a região mais afectada, morreram pelo menos 292 pessoas, em Teresópolis 271 e em Petrópolis 55, e houve também 20 vítimas das derrocadas em Sumidouro e quatro em São José do Vale do Rio Preto.
Em Petrópolis há 3600 desalojados e 2800 desabrigados, designações usadas pelas autoridades para referir os que ficaram sem casa mas contam com a ajuda de familiares e os que não têm qualquer apoio e têm de recorrer aos abrigos públicos fornecidos pelas autoridades. Segundo a Defesa Civil, em Teresópolis há pelo menos 960 desalojados e 1280 desabrigados, e em Nova Friburgo 3220 desalojados e 1970 desabrigados. Os números, no entanto, continuam a aumentar com o passar do tempo.
O caos nas regiões afectadas tem dificultado a entrega de água, comida e roupas aos moradores e a distribuição de 170 toneladas de doações tem sido também complicada, apesar de o procedimento estar a ser vigiado por militares, por exemplo no ginásio Pedrão em Teresópolis. “Tem gente que recebeu e não estava desabrigado. Tem gente que recebeu dez vezes a mesma coisa”, disse ao “Globo” o empresário Sérgio Epifânio, um dos coordenadores do atendimento. Também já foram detidos comerciantes que mantiveram os estabelecimentos abertos mas estavam a cobrar preços abusivos.
Em sete municípios foi decretado o estado de calamidade pública, o Brasil vive esta segunda-feira o segundo de três dias de luto nacional e para o estado de São Paulo foram decretados sete dias de luto.
Os militares e bombeiros tentam ainda chegar a algumas zonas que continuam isoladas. “As condições meteorológicas não nos permitem avançar nas zonas rurais e socorrer as pessoas isoladas. Apenas podemos fazer voos curtos, e as equipas em terras estão também a ter algumas dificuldades”, adiantou à rádio CBN, citada pela AFP, o coronel dos bombeiros do Rio de Janeiro Pedro Machado.
Num ginásio em Teresópolis onde se encontram centenas de refugiados foi improvisada uma delegação do tribunal de menores para encontrar parentes ou vizinhos que possam acolher crianças que ficaram órfãs. “É um momento trágico. Estamos a tentar encontrar pessoas próximas das crianças que perderam o pai ou a mãe”, contou à AFP Lucilia Veiga, uma funcionária do tribunal. Muitas crianças já estão com alguém próximo que sobreviveu.
(copiado de publico.pt)
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Agora já se percebe porque é que se chama Rio de Janeiro...
Oh internet, you so crazy...